terça-feira, 31 de outubro de 2017

História dos marcadores de livros



Esses pequenos objetos ficam lindos nos livros e são extremamente úteis, pois nos ajudam a marcar a página exata em que paramos nossa leitura, fazendo com que não tenhamos de ler tudo de novo. E não é de hoje que essas belezinhas existem. A história dos marcadores de livro se confunde com a história dos próprios livros. Isto é, eles surgiram milênios atrás...

Embora as primeiras notícias de marcadores que se têm sejam da era medieval, é possível imaginar que os povos antigos tenham tido alguma forma de marcar suas pausas das leituras dos longos papiros. Afinal, imagine a tortura de não saber onde parou ao ler um pergaminho de 40 metros? (sim, alguns pergaminhos tinham esse comprimento). Alguns dos marcadores mais antigos, encontrados em mosteiros, consistiam em marcadores feitos com papel vegetal, parecido com o papel dos papiros.


Na idade média, entre os séculos XIII e XV, os marcadores eram feitos de couro ou vitela, usando as sobras do mesmo material com que foi feita a capa do livro. Consistiam em uma simples fita ao longo do livro ou em formas de triângulo ou clipe.

Mas também foram encontrados, mundo afora, marcadores feitos com outros tipos de materiais. No Museu Real de Brunei, por exemplo, há um marcador da Índia que data do século XVI, feito em marfim com um padrão geométrico de buracos perfurados.

Nesses tempos em que até a leitura era restrita a uma parte muito pequena da população, como a família real, a nobreza, e os membros da Igreja, os marcadores de livro eram artigo de luxo. A Rainha Elizabeth foi uma das primeiras, por exemplo, a receber um marcador de livros de presente, em 1584. Seu marcador de livros era de seda com franjas.


Seguindo com a história, entre os séculos XVIII e XIX, um marcador que se tornou muito comum foi uma fita de seda estreita, geralmente com menos de um centímetro de largura, atada dentro do livro, na parte superior da coluna, que ia desde o início ao final da página. Esse tipo de marcador ainda é encontrado em muitos livros, especialmente os acadêmicos (no Vade-Mecum, livro inseparável dos estudantes e demais profissionais do Direito, ele é tão útil que as editoras costumam colocar mais de um desse marcador).


Os primeiros marcadores que não eram presos ao livro só começaram a aparecer por volta do ano de 1850. Uma das primeiras referências a estes marcadores pode ser encontrada em Recollections of a Literart Life (1852), da autora Mary Russell Mitford, no qual ela afirmava: "I had no marker and the richly bound volume closed as if instinctively."

Na época vitoriana, em que as senhoras ensinavam suas filhas a arte do bordado e da costura, as meninas começaram a produzir muitos marcadores para usar em suas bíblias e livros de oração. Eram produzidos em pequenos pedaços de fita bordados à mão.

Na década de 1860 começou-se a fabricar marcadores de tecido em máquinas, principalmente em Coventry, no centro da indústria da seda, Reino Unido. Um dos primeiros foi produzido por J. & J. para marcar a morte do Príncipe consorte em 1891. Já Thomas Stevens de Coven se tornou um grande produtor de marcadores na época, sendo que seu primeiro marcador data do ano de 1862.


Foi só por volta de 1880 que os marcadores impressos em cartolina começaram a aparecer. Pela sua praticidade, este tipo de marcador logo se expandiu e várias empresas, como companhias de seguros, editoras, e outras, começaram a fazer uso dos marcadores impressos para publicidade de seus produtos.


Depois de 1850, marcadores de materiais diversos, como ouro, cobre, latão, madrepérola e couro, passaram a ser produzidos por indústrias famosas como Gorham, S. Kirk & Sons e Tiffany.

Hoje existe uma infinidade de marcadores, feitos com todos os tipos de materiais possíveis, para agradar todo o tipo de leitores, e colecionadores também, já que o marcador de livros deixou de ser um objeto usado apenas para marcar os livros e passou a ser item de coleções pelo mundo inteiro.
No site www.silverbookmarks.com/Default.aspx  por exemplo, vocês podem ver uma coleção de marcadores antigos, feitos em metal. A dona da coleção ainda conta alguns detalhes interessantes sobre cada marcador.

BEIJINHOS

2 comentários:

  1. eu amo marcadores tenho caixas cheias deles , o meu mais antigo é japonês feito a mão entalhado no bambu e com fios de seda, é lindo nem tenho coragem de usar! kkkkk

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  2. Amo marcadores ❤️❤️❤️❤️

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