terça-feira, 14 de novembro de 2017

STRANGER THINGS (primeira e segunda temporada)



Com apenas oito episódios em sua primeira temporada, a série fixa-se nos anos 80 como cenário essencial não só da história que quer contar, mas também como da atmosfera adequada a isso. O mais importante, contudo, não são as roupas, cabelos e aparelhos daquele tempo, mas sim o que aquele período representa culturalmente para a ficção e a fantasia. Inevitavelmente, Spielberg é um nome muito presente na essência da série, que passeia por pitadas de Stephen King, de filmes de horror como A Hora do Pesadelo e de tudo que representa a "existência paralela" dos jogos de RPG.
A trama começa quando o pequeno Will (Noah Schnapp) desaparece após mais uma partida de RPG com os amigos Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin).
Ao mesmo tempo em que Will desaparece, uma menina chamada Eleven (Millie Bobby Brown) foge de uma espécie de laboratório de experimentos e cruza o caminho dos garotos. Ela é o grande elemento que unirá os quatro na luta para encontrarem o amigo desaparecido. Se em E.T. é a própria criatura quem tem os dons sobrenaturais para servir como deus ex machina nas horas de aperto, em Stranger Things o papel se transfere para Eleven, que literalmente salva os meninos de várias enrascadas provocadas por esse imprudente senso de heroísmo, ao mesmo tempo em que é escondida por eles


 A segunda temporada investe em novos personagens, como a peculiar garota Max (ou Mad Max), que logo chama atenção de Lucas e Dustin; assim como o irmão da garota uma figura perversa que chega para colocar um pouco de violência adolescente na cidade. Dois personagens muito interessantes que enriquecem a trama. Todavia, não é só de personagens novos que vive a segunda temporada de Stranger Things, mas da solução de problemas internos de figuras já conhecidas. Como a aceitação de Nancy de sua própria personalidade, algo que começa a causar problemas com Steve, que nessa temporada torna-se muito mais humano, livrando-se do estereótipo do garoto mais popular da escola. Como também o amadurecimento de Dustin e Lucas, que representam a entrada dos garotos num sentimento muito mais adolescente que infantil.



A segunda temporada de Stranger Things tem seus problemas, como também tem muitos méritos, principalmente por fornecer tanta informação sobre seus personagens, o que torna espectador mais próximo daqueles seres e suas tramas, sendo facilmente entretido pela jornada dos garotos. Por essa preocupação, a segunda temporada já acaba valendo a pena, mas demonstra também o seu desejo por acreditar nesse seu grande sucesso, ampliando seu universo e esperando o mesmo clamor que sua primeira parte, para assim possibilitar mais um encontro com aqueles garotos de Hawkins.


Um comentário:

  1. A série parece ser bem interessante. Pena que não tenho paciência. Adorei o post.

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